30 de agosto de 2016

Percurso do Egito até o Rio Jordão - A PRIMOGENITURA

A primogenitura significa dar "comida e bebida". JACÓ da pão, lentilha e bebida para Esaú, logo em seguida, Jacó fica com a primogenitura. Esaú não deu comida para Jacó e perdeu a primogenitura. no capítulo 1 está servindo apenas os filhos e estes comiam banquetes sozinhos, assim, morreram comendo e bebendo na casa do primogênito e Jó foi afligido. No capítulo 42, Jó faz orações para amigos e recebe em sua mesa todas as pessoas que o conheciam, ou seja, Jó passou a dar comida e bebida para as pessoas. Observe a diferença entre o Jó do capítulo 1 e do capítulo 42. O primeiro Jó comia sozinho com filhos, o segundo Jó dava comida e bebida para as pessoas. GIDEÃO pede pão para Sucote e os moradores de Sucote disseram que não iriam dar comida para Gideão. Logo em seguida, o filho primogênito de Gideão não participa da vitória e Sucote é arranhada com espinhos do deserto. Desta forma, Gideão não deu comida para Sucote por que pediu, por isso seu filho primogênito não participou da vitória. O COPEIRO e o PADEIRO também revelaram a primogenitura como ação de dar comida e bebida. José interpretou o sonho destes, o copeiro deu bebida por que entregou um cálice nas mãos de Faraó, o padeiro ficou com os pães sobre a própria cabeça, nenhuma frase mostra o padeiro dando pão para Faraó. Então o copeiro viveu e o padeiro foi condenado. Este contexto de José ajudando o copeiro e o padeiro não usa a palavra primogenitura mas o significado é o mesmo.

Percurso do Egito até o Rio Jordão - OGUE, SEOM E EDOM


Deuteronômio 1
Deuteronômio 2
Deuteronômio 3











EDOM Uso de R$ para passar pelo território de Edom
SEOM Uso de R$ para passar pela terra com estrada e comida real
OGUE Cama de ferro
O percurso do Egito até o Rio Jordão é cheio de princípios do Reino de Deus, mas está escrito de forma poética. Os textos bíblicos do território de Edom e Seom, próximo do Rio Jordão, contêm a palavra dinheiro. No novo testamento a correlação é oferta. A característica de Ogue era uma cama de ferro (paralelo oposto de ficar acordado). No novo testamento, nos 4 evangelhos os textos mostram Jesus orando à noite. Israel vence estes três inimigos.




27 de agosto de 2016

Política no presente - 2016




A transcendência é a vida após a morte, momento em que no futuro acontecerá ações de Deus com julgamento perfeito e completo. Também será a época em que as pessoas irão colher o que plantaram em vida. Mas a transcendência não é um ato apenas de Deus, é muito usada com antecedência ou durante a vida pelos religiosos. É comum observar alguns jogando a responsabilidade do presente na transcendência. Principalmente quando deparamos com resultados não esperados colocamos os problemas na transcendência afirmando que: "na glória darão conta disso". A transcendência é real, mas ela não é um lugar para a fuga do presente. Negar responsabilidades e soluções no presente para assumi-las apenas na transcendência não é uma atitude correta biblicamente e nem promove o desenvolvimento da sociedade. Que os líderes eleitos sejam cristãos que acreditam na transcendência, mas que no presente sejam qualificados e responsáveis.

24 de agosto de 2016

Quando a cultura vira evangelho - Escrito por Augustus Nicodemus


Foto Augustus Nicodemus Kuifje en net Zawarte Goud - facebook
O relacionamento dos cristãos com a cultura na qual estão inseridos sempre representou um grande desafio para eles. Opções como amoldar-se, rejeitar a cultura, idolatrá-la ou tentar redimi-la têm encontrado adeptos em todo lugar e época. Em nosso país, com uma cultura tão rica, variada e envolvente, o desafio parece ainda maior nos dias atuais. Como aqueles que crêem em Jesus Cristo e adotam os valores bíblicos quanto à família, trabalho, lazer, conhecimento e as pessoas em geral podem se relacionar com esta cultura?
Existem muitas definições disponíveis e parecidas de cultura. No geral, define-se como o conjunto de valores, crenças e práticas de uma sociedade em particular, que inclui artes, religião, ética, costumes, maneira de ser, divertir-se, organizar-se, etc.
Os cristãos acrescentam um item a mais a qualquer definição de cultura, que é a sua contaminação. Não existe cultura neutra, isenta, pura e inocente. Ela reflete a situação moral e espiritual das pessoas que a compõem, ou seja, uma mistura de coisas boas decorrentes da imagem de Deus no ser humano e da graça comum, e coisas pecaminosas resultantes da depravação e corrupção do coração humano. Toda cultura, portanto, por mais civilizada que seja, traz valores pecaminosos, crenças equivocadas, práticas iníquas que se refletem na arte, música, literatura, cinema, religiões, costumes e tudo mais que a compõe.
Deste ponto de vista a definição de cultura é bem próxima à definição que a Bíblia dá de "mundo," a saber, aquele sistema de valores, crenças, práticas e a maneira de viver das pessoas sem Deus. Poderíamos dizer que “mundo” compreende os traços da cultura humana que refletem a sua decadência moral e espiritual e seu antagonismo contra Deus.
De acordo com João as paixões carnais, a cobiça e a arrogância do homem marcam o mundo. Como tal, o mundo é frontalmente inimigo de Deus e os cristãos não devem amá-lo:
1João 2:15-16 - "Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo."
Tiago vai na mesma linha: Tiago 4:4 - "Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus".
Escrevendo aos romanos, Paulo os orienta a não se moldarem ao presente século - um conceito escatológico do mundo presente, debaixo da lei e do pecado e caminhando para seu fim:
Romanos 12:2 - "E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus".
O próprio Jesus ensinou que o mundo o odeia e odeia aqueles que são seus discípulos, pois não são do mundo:
João 15:18-19 – “Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia”.
Não é de se estranhar, portanto, que aqueles cristãos que levam a Bíblia a sério sempre tiveram uma atitude, no mínimo, cautelosa em relação à cultura, por perceberem nela traços da corrupção humana - ou seja, do mundo.
Ao mesmo tempo em que a Bíblia define o mundo de maneira negativa, ela admite que existem coisas boas na sociedade em decorrência do homem ainda manter a imagem de Deus – em que pese a Queda – e em decorrência de Deus agir na humanidade em geral de maneira graciosa. Deus concede às pessoas, sendo elas cristãs ou não, capacidade, habilidades, perspicácia, criatividade, talentos naturais para as artes em geral, para a música – enfim, aquilo que chamamos de graça comum. É interessante que os primeiros instrumentos musicais mencionados na Bíblia aparecem no contexto da descendência de Caim (Gênesis 4:21) bem como os primeiros ferreiros (4:22) e fazedores de tendas (4:20). Paulo conhecia e citou vários autores da sua época, que certamente não eram cristãos (Epimênides, Tt 1:12; Menander, 1Cor 15:32; Aratus, Acts 17:28). Jesus participou de festas de casamento (João 2) e Paulo não desencorajou os crentes de Corinto a participar de refeições com seus amigos pagãos, a não ser em alguns casos de consciência (1Co 10:27-28).
Portanto, a grande questão sempre foi aquela do limite – onde eu risco a linha de separação? Até que ponto os cristãos podem desfrutar deste mundo, até onde podem se amoldar à cultura deste mundo e fazer parte dela?
Dá para ver porque ao longo da história a Igreja cristã foi considerada algumas vezes como obscurantista, reacionária, um gueto contra-cultural. Nem sempre os seus inimigos perceberam que os cristãos, boa parte do tempo, estavam reagindo ao mundo, àquilo que existe de pecaminoso na cultura, e não à cultura em si. Quando missionários cristãos lutam contra a prática indígena de matar crianças, eles não estão querendo acabar com a cultura dos índios, mas redimi-la dos traços que o pecado deixou nela. Eles estão lutando contra o mundo. Quando cristãos criticam Darwin, não estão necessariamente deixando de reconhecer sua contribuição para nosso conhecimento dos processos naturais, mas estão se posicionando contra a filosofia naturalista que controlou seu pensamento. Quando torcem o nariz para Jacques Derrida, não estão negando sua correta percepção das ambigüidades na linguagem, mas sua conclusão de que não existe sentido num texto. Gosto de Jorge Amado mas abomino seu gosto pela pornografia,
Por ignorarem ou desprezarem a presença contaminadora do mundo na cultura é que alguns evangélicos identificam a cultura como a expressão mais pura e autêntica da humanidade. Assim, atenuam – e até negam – a diferença entre graça comum e graça salvadora, entre revelação natural e revelação especial. Evangelizar não é mais chamar as pessoas ao arrependimento de seus pecados – refletidos inclusive em suas produções culturais, poéticas, artísticas e musicais – mas em afirmar a cultura dos povos em todos os seus aspectos. O Reino de Deus é identificado com a cultura. Não há espaço para transformação, redenção, mudança e transformação – fazê-lo seria mexer com a identidade cultural dos povos, a sua maneira de ser e existir, algo que com certeza deixaria antropólogos de cabelo em pé.
A contextualização sempre foi um desafio para os missionários e teólogos cristãos. De que maneira apresentar e viver o Evangelho em diferentes culturas? Pessoalmente, acredito que há princípios universais que transcendem as culturas. Eles são verdadeiros em qualquer lugar e em qualquer época. Adultério, por exemplo, é sempre adultério. Pregar o Evangelho numa cultura onde o adultério é visto como normal significa identificá-lo como pecado e lutar contra ele, buscando redimir os adúlteros e adúlteras e restaurar os padrões bíblicos do casamento e da família. Enfim, redimir e transformar a cultura, fazê-la refletir os princípios do Reino de Deus.
Nem sempre isto é fácil e possível de se fazer rapidamente. Missionários às tribos africanas onde a poligamia é vista como normal que o digam. O caminho possível tem sido tolerar a poligamia dos primeiros convertidos, para não causar um problema social grave com a despedida das esposas. Mas a segunda geração já é ensinada o padrão bíblico da monogamia.
É preciso reconhecer que nem sempre os cristãos conseguiram perceber a distinção entre mundo e cultura. Historicamente, grupos cristãos têm sido contra a ciência, a arte, a música e a literatura em geral, sem fazer qualquer distinção. Todavia, estes grupos fundamentalistas não representam a postura cristã para com a cultura e nem refletem o ensino bíblico quanto ao assunto. Os reformados, em particular, caracteristicamente sempre se mostraram sensíveis às artes e viam nelas uma manifestação da graça comum de Deus à humanidade. Apreciavam a pintura, a música, a poesia e a literatura.
O grande desafio que Jesus e os apóstolos deixaram para os cristãos foi exatamente este, de estar no mundo, ser enviado ao mundo, mas não ser dele (Jo 17:14-18). Implica em não se conformar com o presente século, mas renovar-se diariamente (Rm 12:1-3), de não ir embora amando o presente século, como Demas (2Tm 4:10). É ser sal e luz.
Para os que deixam de levar em conta a presença da corrupção humana na cultura, os poetas, músicos, artistas e cientistas se tornam em sacerdotes, a produção deles em sacramento e costurar e tecer em evangelização.

21 de agosto de 2016

Doriel e Ruth - ascensão de líderes religiosos no Distrito Federal.

foto itej
Apóstolo Doriel de Oliveira é fundador da Igreja Tabernáculo Evangélico de Jesus. O ministério possui mais de 3.000 igrejas no Brasil e é popularmente conhecida como Casa da Benção (ICB). Doriel iniciou a pregação em Belo Horizonte no estado de Minas Gerais mas foi para o Distrito Federal em 1970. A ida para a "região de Brasília" - Taguatinga - foi fundamental para o crescimento da ICB em todo Brasil e para a ascensão de Doriel e Ruth como líderes evangélicos.

Brasília foi inaugurada em 1960 tornando-se o centro da administração do Brasil. Desde o início, por causa da centralização política, administrativa, o desenvolvimento econômico, as novidades do centro oeste e o poder autoritário do regime militar, tudo isto, transformou a nova capital num lugar de ascensão de brasileiros.

Brasília mudou a vida de muitos brasileiros. Vários profissionais liberais, empresários e políticos se beneficiaram das oportunidades da nova capital. Oscar Niemeyer foi um dos grandes brasileiros que tiveram ascensão por causa de Brasília. Esta região também foi um marketing excelente para a consolidação do casal de missionários como líderes evangélicos e para a expansão da ICB no Brasil.

Doriel era um desbravador pregando a liberdade em Cristo no centro administrativo, político e autoritário do Brasil. A associação da imagem DORIEL-BRASÍLIA teve um efeito psicológico muito forte na mente dos novos obreiros ou futuro pastores da Casa da Benção facilitando o crescimento e a manutenção do ministério.

Ainda hoje, Brasília é um marketing para a liderança da ICB. Permanece viva no coração da liderança os acontecimentos históricos de Brasília. A ICB criou um projeto para crescer em 5 anos o que levou 50 anos para ser feito. Segundo Doriel, sendo entrevistado pelo jornalista Celso de Marco, o objetivo é abrir 3.000 igrejas em 5 anos. Este é o mesmo slogan do Plano de Metas do presidente Juscelino Kubitschek que foi presidente do Brasil no final da década de 60.

A ICB cresceu no Brasil dando autonomia a muitos pastores. Em várias regiões do Brasil igrejas foram abertas com recursos próprios dos pastores e com a coragem dos novos obreiros.

É inquestionável que a fé e o trabalho de milhares de cristãos foram fundamentais para a expansão da ICB no Brasil e a ascensão de Doriel como líder evangélico no Brasil. Mas a imagem de Brasília centralizando e dando a imagem de autoridade é um símbolo com grande peso para manter o ministério. Ainda hoje, membros da ICB de todo Brasil ficam dominados ao ver fotos e vídeos de Doriel e Ruth ao lado de políticos e no Congresso Nacional. 

Segundo Doriel, quando estavam em Belo Horizonte, Deus revelou que o casal deveria ir para Brasília, então partiram com auxílio de vários membros da igreja.

14 de agosto de 2016

Santa Ceia e a primogenitura

A primogenitura e a santa ceia representam os mesmos princípios do Reino de Deus. A primogenitura desde o velho testamento é um princípio do Reino de Deus relacionado com a ação de "dar comida e bebida". Igualmente, na santa ceia "Jesus tomou o pão, deu graças, partiu-o e o deu aos seus discípulos, dizendo: Tomem e comam; isto é o meu corpo. Em seguida tomou o cálice, deu graças e o ofereceu aos discípulos, dizendo: Bebam dele todos vocês." 

Jacó e Esaú estiveram numa relação de dar comida e bebida. Jacó deu pão, água e lentilha para Esaú, este não deu nada para seu irmão. Neste contexto, a primogenitura passou a ser de Jacó.

Jó no capítulo 1 está servindo apenas os filhos e estes filhos de Jó comiam banquetes sozinhos, com isto, morreram comendo e bebendo na casa do primogênito e Jó foi afligido. No capítulo 42, Jó faz orações para amigos e recebe em sua mesa todas as pessoas que o conheciam, ou seja, Jó passou a dar comida e bebida para as pessoas. Observe a diferença entre o Jó do capítulo 1 e do capítulo 42. O primeiro Jó comia sozinho com filhos, o segundo Jó dava comida e bebida para as pessoas.

Gideão passou em Sucote e pediu pão. Os moradores de Sucote negaram comida para Gideão. A consequência é que Sucote foi arranhado com espinhos do deserto e o filho primogênito de Gideão não participa da vitória contra os inimigos. Novamente a primogenitura está relacionada com a ação de dar comida e bebida por que Gideão pede comida e Sucote nega comida, ambos negligenciaram a primogenitura, principalmente Sucote.

O copeiro e o padeiro também revelaram a primogenitura como ação de dar comida e bebida. José interpretou o sonho destes, o copeiro deu bebida por que entregou um cálice nas mãos de Faraó, o padeiro ficou com os pães sobre a própria cabeça, nenhuma frase mostra o padeiro dando pão para Faraó. Então o copeiro viveu e o padeiro foi condenado. Este contexto não usa a palavra primogenitura mas o significado é o mesmo.

Portanto, observa-se que muitos deram comida e bebida: Jacó, Jó do capítulo 42, o copeiro e outros. Todos estes estavam envolvidos com princípios do Reino de Deus representado com dar comida e bebida. 

A santa ceia de Jesus também apresenta os mesmos elementos. Jesus dá comida e bebida para os discípulos e até afirmar que não beberia mais.  "Jesus tomou o pão, deu graças, partiu-o e o deu aos seus discípulos, dizendo: Tomem e comam; isto é o meu corpo. Em seguida tomou o cálice, deu graças e o ofereceu aos discípulos, dizendo: Bebam dele todos vocês." 

Jesus demonstrou um estilo de vida relacionado com "dar comida e bebida" e descreveu isso como seu próprio corpo e sangue. 

Evidentemente, tem relação com servir as pessoas a santa ceia (dar comida e bebida). Desta forma, você toma santa ceia todos os dias quando dá "comida e bebida" para alguém. Quando você faz orações e pregações para as pessoas você está participando do corpo e do sangue de Jesus Cristo.


5 de agosto de 2016

Pokemon provoca reações no meio evangélico.

O Rev. Augustus Nicodemus da presbiteriana reagiu de forma crítica e descontraída. O jogo pokemon leva os usuários a se locomoverem para encontrar bichinhos. Os jogadores se deslocam até igrejas e outros locais para capturar no  mundo virtual os pequenos animais. Com humor, Augustus Nicodemus desafiou os jogadores a encontrar a espístola de Filemon, uma pequena carta do Novo Testamento na Bíblia. Dezenas de evangélicos, com o mesmo espírito de humor, comentaram a publicação, compreenderam  a crítica ao jogo e a diferença entre algo útil e o jogo.
fotos facebook Augustus e G1 Globo








Entendendo a Ideologia de Gênero | Rev. Augustus Nicodemus

"Não existe neutralidade... escola sem partido retira inclusive a educação religiosa da educação... combater a ideologia de gênero não se faz neutralizando tudo, mas usando a razão, a lógica e a palavra de Deus." Trecho da palestra do Reverendo Augustus Nicodemus.

Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia
https://www.youtube.com/watch?v=vXMQ8mm0wDU



Caramba! Precisamos de mais uns pastores assim.
Mais uma vez Palmas para a coragem de se posicionar publicamente sobre outro assunto delicado. Que Deus nos abençoe.

4 de agosto de 2016

Voto Cristão é o voto consciente: “Púlpito não é palanque, e igreja não é curral eleitoral, mas aprisco das ovelhas de Cristo”.

foto Hermes Fernandes

                                                                  foto Hermes Fernandes

Mais uma eleição se avizinha e duas opiniões antagônicas e radicais têm sido adotadas por muitos cristãos. De um lado estão os que se envolvem no processo, apoiando candidatos indicados pela liderança da igreja. Qualquer que ouse questionar é reputado por rebelde. Do outro lado estão os que defendem o distanciamento da igreja do processo político eleitoral. Há que se buscar o ponto de equilíbrio. A igreja, enquanto instituição, deve manter-se isenta, permitindo que seus membros exerçam cabalmente sua cidadania. Porém isso não lhe tira a responsabilidade de orientá-los quanto ao uso consciente do direito de votar. Não confundamos isenção com alienação, nem engajamento com comprometimento. 

Uma igreja pode engajar-se no processo de conscientização, desempenhando o papel de agente politizador. Mas jamais deve comprometer-se com qualquer que seja a ideologia, partido ou candidatura, sob pena do prejuízo de seu papel profético. Cada membro deve ser estimulado a pensar por si mesmo, e fazer suas próprias escolhas. Portanto, a função da igreja é pedagógica, não ideológica. A despeito disso, um número cada vez mais expressivo de cristãos tem se engajado em campanhas políticas. Uns até movidos por ideais (ainda que ingenuamente), outros por interesses pessoais. 

Aproveitando-se disso, candidatos ávidos pelos votos dos fiéis assediam sistematicamente as igrejas durante a época de eleições. O que para alguns líderes pode ser traduzido como provisão de Deus em tempo de crise, para outros menos ingênuos, tal assédio revela o caráter oportunista e desonesto de nossa classe política, e por isso, deve ser rechaçado. Para fazer a ponte entre pastores e políticos surge a figura do pulpiteiro, geralmente alguém pertencente ao meio evangélico ou egresso dele, e que domina o evangeliquês. Num País de 46 milhões de evangélicos, o pulpiteiro pode pesar mais para uma candidatura do que o marketeiro profissional. 

Mesmo alguns líderes tidos como referência ética no meio, acabam cedendo ao assédio do pulpiteiro. A lógica é simples: se a maioria se beneficia disso, por que ficar de fora? Que mal haveria em aceitar uma oferta generosa para apoiar publicamente um candidato? Ademais, parece mais simples (e conveniente) apontar um candidato, do que ensinar o povo a votar com consciência. Não é debalde que durante esta época muitas igrejas concluem suas obras, adquirem equipamento novo de som, ou aquela tão sonhada propriedade para a construção do novo templo. É também nesta época que muitos líderes eclesiásticos desfilam de carro novo, ou anunciam à igreja que depois de tanto tempo de trabalho ininterruptos, finalmente sairá em férias com a família logo após os festejos de fim de ano. O que está em jogo, afinal? 

Não é apenas a postura ética que escorre pelo ralo da conveniência. Um candidato capaz de oferecer propina (este é o nome correto) em troca de votos, do que será capaz depois de eleito? E mais: de onde ele consegue tanto dinheiro para bancar esta compra de votos no atacado? Que grupos estariam por trás de sua candidatura? Que interesses têm? Portanto, líderes que se rendem (ou se vendem) às propostas destes políticos estão cometendo traição. Traem seu povo, sua consciência, seus votos ministeriais, e o pior, seu Deus. Deveriam ler atentamente a advertência proferida pelos lábios do profeta Isaías: “Os teus príncipes são rebeldes, companheiros de ladrões; cada um deles ama o suborno, e corre atrás de presentes.

Não fazem justiça ao órfão, e não chega perante eles a causa das viúvas”. (Isaías 1:23). Está na hora de darmos um basta nesta famigerada prática. Púlpito não é palanque, e igreja não é curral eleitoral, mas aprisco das ovelhas de Cristo. Pastores, preparem-se para prestar contas ao dono da Igreja. Deus não os terá por inocentes. Portanto, apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente, não por torpe ganância, mas de boa vontade, não como dominadores dos que vos foram confiados, mas servindo de exemplo ao rebanho. E, quando se manifestar o sumo Pastor, recebereis a imarcescível coroa de glória (1 Pe. 5:2-4). 

Embora reconheçamos a postura antiética e vexatória de muitos líderes no que tange à política, não podemos nos afastar do processo político, mas nos engajar no afã de produzir entre as ovelhas de Cristo uma consciência política sadia e honrosa. Cidadania celestial e cidadania terrena não são necessariamente excludentes. Como cristãos comprometidos com o futuro da humanidade, precisamos encarnar os valores e princípios do reino de Deus e expressá-los através de nossa conduta no processo político/eleitoral. Movido exclusivamente por este interesse, resolvemos assumir a responsabilidade pela produção de uma pequena cartilha para os cristãos. Chamamo-la de Cartilha Reinista pelo Voto Consciente, pois não está vinculado a qualquer denominação, e sim aos ideais do Reino de Deus e a sua justiça.